O deputado estadual Bira do Pindaré (PT) utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira (14), para fazer duas denúncias sobre fatos que o revoltaram. A primeira sobre a morte de um padeiro torturado e morto pela polícia de Maracaçumé. Enquanto a segunda diz respeito à ocupação do Sítio Rangedor.
Segundo o parlamentar, Celias Tavares Pereira, 34 anos, foi brutalmente torturada, em 20 de julho deste ano, dentro da delegacia de Maracaçumé – MA, após sofrer um surto psicótico. O deputado demonstrou indignação com o fato.
“Os autores desse crime bárbaro e cruel, que afronta princípios constitucionais, são os policiais militares de plantão naquela delegacia de polícia, no dia 20 de julho de 2012, mais ou menos por volta das 03h da manhã”, informou ele.
O padeiro, que era natural de São Luís, estava trabalhando em Maracaçumé. O cidadão foi violentado, agredido a ponto de vir a óbito. Conforme informação de radialistas e dos familiares, o sepultamento aconteceu na manhã de hoje.
SÍTIO DO RANGEDOR
Outro fato que ganhou espaço foi a ocupação do Sítio do Rangedor. A senhora Rita Fiquene, antiga moradora do Sítio, visitou o deputado para falar da ocupação, classificada por Bira como ilegal e ilegítima, devido à especulação imobiliária, assim como pela construção do hospital, que o município insiste em construir.
“Tive o cuidado de passar por perto e constatei que, de fato, isso está acontecendo. Pedi providências do Batalhão Florestal, da Delegacia do Meio Ambiente e, até agora, não obtive nenhuma resposta satisfatória em relação às providências sobre esse caso. Sabemos que essa área depois da avenida, do outro lado da avenida é área de APP – Área de Proteção Permanente, inclusive há projeto da minha autoria, nesta Casa, que pede uma redefinição dos limites da reserva do Sitio Rangedor exatamente para abranger as nascentes do Rio Calhau que, hoje, está ameaçado de extinção pela depredação”, informou o petista.
Bira apelou para que a Assembleia Legislativa do Maranhão entre nesta luta em defesa da reserva ambiental, que para ele, não poderia jamais acolher um prédio ou permitir a construção de um hospital que é inacessível para o povo.
“A Assembleia deve ter o compromisso com essa área no sentido de compensar, inclusive essa reserva com providências céleres em relação à proteção de toda essa região. A área da nascente do rio Calhau é um patrimônio da nossa cidade, ali remanescem espécies nativas da fauna e da flora de São Luís, que resistem, bravamente. Até macacos originais da nossa ilha ainda resistem bem aqui do nosso lado e nós podemos preservar isso, podemos lutar para transformar isso num parque ambiental de visitação pública, que sirva aos turistas, que sirva às crianças e adolescentes para adquirir consciência ambiental”, sugeriu o parlamentar.
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