Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam o
desmatamento de 71,28% da floresta original no Maranhão, percentual
equivalente a 105.195 quilômetros quadrados. Do restante das terras,
correspondentes a 42.390 quilômetros quadrados, 52% dessas reservas
naturais estão destinadas aos índios que, por lei, têm a posse integral
do espaço.
Ainda segundo o Inpe, 13% das áreas indígenas do Estado foram retiradas
por ação do homem. O município de Amarante do Maranhão, a 679km de São
Luís, é um dos que se destacam negativamente nos índices de desmatamento
do Estado.
O Ministério Público Estadual (MPE), um dos responsáveis pela
investigação sobre o desmatamento ilegal no Maranhão, informou que, além
de Amarante do Maranhão, os municípios de Centro do Guilherme, Itinga
do Maranhão, Grajaú, Barra do Corda, Jenipapo dos Vieiras, Buriticupu,
Arame, Bom Jesus das Selvas, Centro Novo do Maranhão, Zé Doca e Santa
Inês apresentam altos índices de devastação das reservas naturais.
A devastação da mata nativa também prejudica as populações indígenas
que vivem nessas áreas. De acordo com a conselheira Rosana de Jesus
Diniz, que integra o Conselho Indigenista Missionário no Maranhão
(Cimi), o aumento dos índices de desmatamento em Amarante e em outros 11
municípios maranhenses ocorre devido à propagação do mercado madeireiro
e da exploração dos índios que vivem nas reservas de onde são retiradas
as madeiras, apesar da expansão na região da atividade pecuarista.
Segundo a pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município
maranhense de Grajaú obteve a maior produção de carvão do país, em 2011.
Ainda segundo o levantamento, na lista dos 20 principais produtores de
carvão do país estão: Barra do Corda (320km de São Luís ) e Centro Novo
do Maranhão (208km da capital).
sábado, 4 de maio de 2013
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Centro Novo do Maranhão
» Maranhão perdeu mais de 70% de mata nativa com desmatamento
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