JMTV2 exibe a segunda reportagem da série "Seca".
Escassez deve se estender até março, diz Estação Metereológica da Uema
Uma gigantesca planície cinzenta domina o Norte do Maranhão. Os rebanhos de búfalos fazem longas caminhadas em busca de água onde antes havia banhados e lagoas naturais. A falta de chuvas fez desaparecer alguns dos maiores lagos do Estado.
O Lago Entrãs, por exemplo, que tem mais de três metros de profundidade cheio, evaporou. A última vez que ele secou totalmente foi na década de 80. "Se acabou tudo. Cobra, jacaré, tudo morreu. E, agora, chegou este ano, estamos no sufoco. Só Deus para ter misericórdia de nós. Estamos esperando a providência de Deus", clamou o pescador Tarcísio Sousa. Os 150 mil pescadores artesanais estão desolados com as canoas enterradas na lama.
Choveu metade do esperado este ano no Maranhão e a escassez de chuvas na região deve se estender até março do ano que vem, segundo previsões da Estação Metereológica da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA).
"A gente está verificando tanto nos campos oceânicos assim como na atmosfera. Há um padrão de que as chuvas, a tendência delas é ficar um pouco abaixo da média, principalmente no trimestre de dezembro, janeiro e fevereiro", alertou o metereologista Gunther Reschk.
Enquanto não chove, os pescadores disputam com os porcos o que restou nos banhados de Bacurituba, um dos municípios mais pobres do Norte maranhense. Só espécies miúdas como o jeju e o cará, nativas das águas turvas, sobrevivem por mais tempo nos igarapés. A fome, porém, não espera o peixe crescer.
fonte:g1
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